19 julho 2012

A fé dos ateus


Admiro a fé dos ateus. É infinitamente mais fácil acreditar que um ser superior existe e criou tudo o que vemos. “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem” (Hebreus 11:1) e eu não vejo como uma explosão - algo destruidor - possa ter criado tantas maravilhas.

De igual modo, não tenho fé para acreditar na explicação para a origem da vida:

A Terra era quente e sua atmosfera não tinha oxigênio. Os raios ultravioleta penetravam na atmosfera livremente. Flutuando nos oceanos ou em algum lago, moléculas inorgânicas foram atingidas por raios de tempestade e deram origem a compostos orgânicos que depois se juntaram formando uma célula que pode se reproduzir.


Pois bem, dois químicos americanos, Harold C.Urey e Stanley Miller, decidiram testar a hipótese Oparin-Haldane e em 1953 fizeram um experimento (mais detalhes aqui) utilizando compostos inorgânicos. Após uma semana, obtiveram resultados impressionantes: os compostos químicos orgânicos eram abundantes no líquido resfriado, com a presença de vários aminoácidos. Urey e Miller concluíram que as moléculas orgânicas poderiam se formar em uma atmosfera livre de oxigênio e que as condições para o surgimento da forma de vida mais simples não estaria longe.

Depois desta descoberta impressionante, o que fizeram? Desligaram o experimento?! Fico imaginando se de 1953 até hoje nenhum químico pensou em levar adiante o experimento até criar um ser vivo de verdade, um protozoário ou uma ameba, que fosse capaz de se reproduzir ainda que por divisão celular. Seria o Nobel de Química de todos os tempos! E olhe que “não estaria longe”!

“E se esta forma de vida fosse imprevisível e altamente perigosa?” - alguém pode perguntar. Este mesmo risco havia na clonagem e nunca impediu que se fizessem vários clones desde a ovelha Dolly. Ademais, algumas pesquisas criam propositalmente seres imprevisíveis, como o rato com orelha humana, cabras com genes de aranhas e mosquitos com olhos fluorescentes (estes dois podem ser vistos aqui). Ou talvez os cientistas estejam sempre tentando mas haja uma força sobrenatural os impedindo...

(Este é só um caso, existem várias outras contestações às teorias de origem da vida e ao evolucionismo que podem ser vistas em www.criacionismo.com.br.)

Assim, embora desprovidos de qualquer comprovação, continuam acreditando no improvável (pra não dizer impossível). Quanto a mim, eu acredito em Deus pois minha fé não é tão grande.



Admiro a perseverança dos ateus. Eu acredito que há um paraíso preparado para mim, acredito que “na casa de meu Pai há muitas moradas” (João 14:2), e com esta certeza a minha vida tem mais sentido. Posso ou não ir para este paraíso mas já nesta vida me sinto melhor: esperançoso, reconfortado e fortalecido. Os ateus acreditam que após a morte só há decomposição. Não há esperança de dias melhores e talvez nem haja sentido viver.

No fundo, acreditar em Deus - ou em um deus - é mais vantajoso por vários motivos. O principal deles é que se eu estiver certo (Deus existe), tenho chance de ir morar com Ele nas mansões celestiais, se for digno de ir. Se eu estiver errado, nada ganho e nada perco. Se o ateu estiver certo, ganhará esta “aposta” de mim (mas nem poderá cobrar, já que estaremos ambos decompostos para sempre). Se ele estiver errado... Bem, neste caso ele provavelmente estará se decompondo e eu lamentarei por ele.

Assim, ser ateu exige uma perseverança infinita, como a de um homem que escala uma montanha sabendo (acreditando tão fortemente que acredita que sabe) que não há nada no topo, só o abismo para se lançar. Quanto a mim, eu persevero em Deus pois minha força de vontade não é tão grande.



Admiro a credulidade dos ateus, ignorando a própria segunda lei da termodinâmica, que diz que todo sistema tende ao caos, e afirmando que os seres vivos mais organizados vieram dos mais simples. Eu creio que “no princípio criou Deus os céus e a terra.” (Gênesis 1:1).

Chega a ser ridícula a incoerência de tantos soi-disant cientistas ao afirmarem que o universo surgiu de uma explosão, que a vida originou-se da matéria inanimada e que todos os seres descendem de um mesmo ancestral comum, ao passo em que parecem ignorar que a segunda lei da termodinâmica diz que “A quantidade de entropia de qualquer sistema isolado termodinamicamente tende a incrementar-se com o tempo, até alcançar um valor máximo” ou - em bom português - todo sistema tende ao caos.

Há quem diga que este argumento não é válido, pois não se situa no campo científico, por ser uma hipótese não falseável (todos os argumentos científicos devem ser falseáveis, ou seja, em princípio deve ser possível fazer uma observação ou realizar uma experiência física que tente mostrar que essa asserção é falsa). 
 
Pergunto então se o Big Bang e a evolução de uma espécie em outra podem ser provados por observação ou experiência de laboratório. Quantos universos foram criados nos laboratórios? Quantas espécies evoluídas na frente de cientistas? São igualmente hipóteses não falseáveis, entretanto os cientistas ateus nelas acreditam!
 
E quanto à criação da vida? Urey e Miller não provaram hipótese de hipótese Oparin-Haldane, nem ninguém até hoje nestes 60 anos! E olhe que seria a maior descoberta científica de todos os tempos!

Sobre a evolução das espécies, onde estão os milhares de fósseis dos elos entre as espécies que foram previstos por Darwin? O que temos são, quando muito, pedaços de ossos dos quais os cientistas (melhor seria dizer romancistas, ficcionistas ou roteiristas) deduzem o que bem querem, desde o tamanho e aparência até os hábitos de vida e a “evolução”, como por exemplo aqui.

Assim, os ateus acreditam no que querem acreditar, selecionando estes ou aqueles argumentos como bem lhe convêm, escolhendo os fatos que se adaptem às suas teorias e não o contrário. Quanto a mim, eu creio em Deus pois minha imaginação não é tão grande.




Queria ter a fé, a perseverança e a credulidade dos ateus. Seria assim um cristão bem melhor.

Update:
Procurando imagens pra esta postagem, encontrei uma figura que dizia: “Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suar crenças não se baseiam em evidências. Baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar.”
Sério... Quem é aquele cujas crenças não se baseiam em evidências? E quem possui a profunda necessidade de acreditar?