29 dezembro 2006

Fases da vida 2

Quando criança, o filho acha que o pai é um super-herói e quer ser igualzinho a ele.
Na adolescência, o filho acha que o pai não sabe de nada e quer ser qualquer coisa no mundo, menos uma cópia dele.
Um dia o filho percebe que o pai é, sim, um super-herói, pois fez o melhor que podia com o que tinha à mão. E daria tudo o que tem na vida para conseguir, ao menos, ser metade do que o pai foi.

PS1: Alguns só percebem isso quando não podem mais desfrutar da companhia deles.
PS2: Esse texto vale para filhos e pais e também para filhas e mães.

Fases da vida 1

A criança não sabe que é alguém, não tem consciência de si.
O adolescente sabe que é alguém, mas ainda não sabe quem é.
O adulto sabe que é alguém e, além disso, sabe quem é.
A adolescência é, portanto, a fase da vida entre a percepção de que se é alguém e a descoberta de quem se é.
(E daí vem a necessidade de auto-afirmação, ruptura de paradigmas etc.)

28 dezembro 2006

Como dizia Aristóteles...

Todos conhecem a história do mentiroso que soltava sempre a frase “Como dizia Fulano...” (e esse Fulano era sempre alguém importante: Shaekespeare, Sócrates, Kubitschek, Gandhi, Lennon, cada vez era um diferente). Depois, o Pinóquio soltava a frase que ele mesmo tinha inventado.

Um dia, soltou-se a mentir e a inventar e por fim arrematou: “Como dizia São Francisco...” e blá-blá-blá. Um dos ouvintes, devoto do Santo, não conhecia a frase e resolveu perguntar: “E São Francisco disse isso?” O contador de lorotas não se fez de rogado. Simplesmente disse “Se não disse, deveria ter dito!”

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Assim parece ser a Internet... Já recebi textos de Einsten, Drummond, Fernando Pessoa, Madre Teresa, Arnaldo Jabor e tantos outros que eu tenho certeza que não foram escritos por eles.

Tem texto falando de Deus escrito por ateu, tem texto sem pé nem cabeça “assinado” por escritores de qualidade universal, tem texto tratando de assunto fútil “redigido” por cientistas ocupadíssimos... Tem até texto que fala de poluição “escrito” por Sócrates (e eu nem sabia que a Grécia era poluída naquela época!)

“Quem conta um conto, aumenta um ponto”, já dizia Aristóteles
(E se não disse, deveria ter dito)

23 dezembro 2006

O “Se...” do canalha nacional (texto de Arnaldo Jabor)

SE PUDERES MANTER a cabeça erguida, quando todos te acusarem, chamando-te de “ladrão” ou “corrupto” por te terem pegado com a mão dentro da cumbuca,

se mantiveres a aparente dignidade, mesmo diante de provas inabaláveis do teu crime e disseres com voz calma e serena: “Tudo isso é uma infâmia sórdida de meus inimigos”, ou ainda: “Não me lembro se esta loura de coxas douradas foi minha secretária ou não...”,

se disseres isso sem suar, sem desmanchar a gravata, com roupas impecáveis que não revelem o esterco que te vai dentro d’alma, se fores capaz de chorar diante de uma CPI, ostentando arrependimento profundo, usando de tudo, filhos, pais, pátria, tudo para te livrar... e, sobretudo, se puderes construir uma ideologia que te justifique e absolva, de modo que os atos mais sujos ganhem uma luz de beleza e coragem, se puderes dourar tua pílula, colorir teus crimes, musicar teus grunhidos, de modo que possas mentir com fé, trair sem remorsos e roubar com júbilo,

se puderes crer, por exemplo, que tens direito de roubar o povo para vingar uma infância pobre, ou de que roubas por teres sido injustiçado por pai severo ou porque tua mãe foi lavadeira e prostituta para pagar teu diploma fajuto de business administration, se acreditares mesmo que tens direito de superfaturar remédios de criancinhas com câncer porque também sofreste como menino comido por garotão mais forte no porão da tua infância (dor e delícia sempre negadas por teu machismo compensatório),

se, no fundo do coração, achas que roubar o Estado ou os estados ou as prefeituras ou os camelôs ou os lixeiros ou os mendigos é, portanto, uma causa nobre e um ato quase revolucionário, que a mutreta, a maracutaia, a “mão grande”, o “apaga-a-luz” o “me dá o meu aí” têm algo de transgressão pós-moderna, algo de Robin Hood para si mesmo, como dizes, soltando a piada “ah-ah, roubo dos ricos para o pobre aqui... ah-ah”,

ou se, por mais político ou ideológico, disseres a ti mesmo que roubas porque, “neste fim de século, a globalização da economia e o imperialismo nos assaltam” e que tu tascas antes deles, num ato nacionalista tipo “antes eu do que eles”,

ou se te orgulhares de ter instaurado a gorjeta, a mixaria, o serviço de 25% (pois, como dissestes, “10% é para garçom”) enquanto enfias a língua na orelha da lobista gostosa ao teu lado no Piantella, de porre e feliz,

ou se justificares tua fortuna escrota por motivos mais científicos, invocando Darwin ou Spencer, declarando que o animal humano sobrevive pela agressão e competição (survival for the fittest) e que, portanto, assim como o chimpanzé ataca o mico leão ou como o jacaré come o veado ou como a fêmea do louva-a-deus o devora como uma Nicéa enlouquecida ou como a formiga escraviza pulgões e rouba-lhes o leitinho, também cumpres a ordem natural das coisas, concluindo com erudição: “Roubo sim, pois isso está inscrito no genoma dos hominídeos há 50 milhões de anos”,

ou ainda se, mais metafísico ou filosófico, contemplares o crepúsculo e lamentares melancolicamente que “acabou o tempo das utopias...” ou “a vida é uma ilusão dos sentidos” e, portanto, “roubo sim e caguei...”,

ou ainda se, num gesto de infinita superioridade existencial ou literária, invocando Villon ou Jean Genet, assumires tua fisionomia de rato ou de preá, tua carinha embochechada por anos de uisquinhos, licores, pudins, babaganuches, se te orgulhares de tua esperteza e, de cuecas diante do espelho, enquanto a amante se lava no banheiro, berrares com júbilo: “Eta garoto bão, espertalhaço!”, ou seja, se diante de si e do mundo, puderes enfunar a barrigona cheia de merda e dizer: “Sou ladrão sim, mas quem não é?” ou “Podem me acusar, mas quem tem este Renoir?”,

se puderes cultivar todos esses méritos, se puderes justificar com serenidade tua vida de estelionatos, pequenos furtos, orelhas de traficantes ou até mesmo de esquartejamentos com motosserras (“Esquartejo sim, mas por bom motivo...”), se puderes fazer tudo isso, confiante nos teus advogados sempre alertas como escoteiros na pilhagem nacional, confiante na absoluta conivência de rituais jurídicos que sempre te livrarão da cadeia, enquanto os pardos pobres apodrecem nas celas com aids e “quentinhas” superfaturadas,

e se, além da confiança na cega Justiça, dos desembargadores que sempre te acolherão, se, além desse remanso, desse consolo que te encoraja, roubares mesmo, no duro, por amor à causa, por paixão, por desejo sexual, pelo bruto tesão de acumular o máximo de dólares para nada, pela fome de lanchas, jatos, putas, coberturas, Miami, Paris, e se, com fé e coragem, reconheceres esse prazer com orgulho e sem remorsos, então, eu te direi, com certeza, que vais herdar a terra toda com todos os dinheiros públicos dentro e, mais que isso, eu te direi que serás, sim, impune para sempre, um extraordinário canalha, meu filho, um verdadeiro, um grandioso filho-da-puta brasileiro!

07 dezembro 2006

Turistas

Recebi algumas vezes uma mensagem pedindo para boicotar o filme estadunidense TURISTAS.

De acordo com a mensagem:

1. O filme conta a história de 6 jovens americanos que vêm ao Brasil de férias. Chegando aqui tomam uma caipirinha com “boa noite cinderela”...
    • Qual a mentira? Todos os dias isso acontece nesse nosso país. Quem duvidar, vá até a rodoviária da sua cidade e veja. Vira e mexe chega alguém completamente “dopado” e fica lá no setor de desembarque, esperando acordar pra se dar conta de que foi assaltado.
2. ... são assaltados, seqüestrados, torturados e por fim têm os órgãos roubados por traficantes da indústria negra dos transplantes.
    • Tá certo, exageraram um pouco... Mas tenho certeza de que chegaremos a isso se não começarmos a pensar no combate à violência de forma séria e não nesse teatro que as autoridades montam toda vez que tem algum caso grave e principalmente nos períodos eleitorais. Quantos casos ainda teremos até que se faça algo sério? Se não nos cuidarmos, chegaremos a este estágio e ao invés de “terror”, o filme passará pra prateleira de “documentário”.
3. ... a EMBRATUR já está tão preocupada com a péssima repercussão do filme lá fora que, temendo uma queda brusca na receita do país vinda do turismo internacional, já está preparando campanhas intensas para serem veiculadas lá fora e tentar minimizar os estragos.
    • Por partes... A Embratur está preocupada? Tem mesmo que estar. Eu queria que a polícia se preocupasse, que o presidente se preocupasse, que as autoridades do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, Federais, Estaduais e Municipais, queria que eles se preocupassem. A Embratur tem que se preocupar com os folhetos das agências de turismo que ao falarem das belezas naturais mostram sempre uma mulata de fio dental em alguma praia, ou então desfiles carnavalescos de seminus (ou nus, mesmo). Deveria se preocupar com a infra-estrutura que não há para receber turistas que serão maltratados e nunca voltarão e ainda convencerão outros a não virem.
    • Outro ponto: receita vinda do turismo internacional? Qual? O Brasil, o PAÍS inteiro recebe menos turistas que várias CIDADES do mundo. O nosso PAÍS perde pra Paris, Barcelona, Veneza, Roma, Nova York e várias outras CIDADES. Receita do turismo internacional? Fala sério!
4. Só para se ter uma idéia, o trailer começa com a frase: “Num país onde vale tudo, tudo pode acontecer!”
    • E qual a mentira mesmo? Aqui não vale tudo? Vale compra de reeleição, mensalão, valerioduto, CPIzza, jeitinho brasileiro, PCC... Aqui, camaradas, VALE TUDO e aí, TUDO PODE ACONTECER. A fama do brasileiro é essa mesma, de corrupto, malandro, de quem acha que vale tudo: de furar fila a roubar na hora de pagar a conta. Qualquer brasileiro que viajar ao exterior experimentará a desconfiança dos funcionários de hotéis, parques e lojas.
Não vou assistir esse filme porque é terror e, pra aterrorizar, bastam os jornais. Mas não vi nada de mais na história do filme, só a realidade.

É engraçado... Falou mal do Brasil, todo mundo se dói, mas CONSERTAR o que está errado, ninguém quer. O caráter nacional é esse mesmo... Furar fila, furar sinal vermelho, jeitinho brasileiro. Você pode até não fazer, ser correto e tal. Mas, como povo, somos sem caráter.

Gente que pensa assim (além de mim, do Scotch e da Alesya):
Bruno Alves
Tarja Preta

27 novembro 2006

Unplugged


A vida vive nos surpreendendo, inventando roteiros e histórias bem mais interessantes que as novelas da TV.

Por falar nisso, nunca fui uma pessoa muito ligada a televisão. Meus amigos me falam que está passando um seriado legal, perguntam se eu vi “Arquivos X” (nunca vi um episódio), “24 Horas” (idem) ou “C.S.I.” (apesar de ter vontade, nunca vi). Acho que sou o cara mais Unplugged da face da Terra. (Bem, se considerarmos só a TV, porque adoro som e computador).

Fico preocupado ao ver as pessoas no dia-a-dia (pessoas consideradas cultas e inteligentes, diga-se de passagem) repetindo como se verdade fossem todos os mitos e besteiras que as novelas tentam nos incutir. Que nenhum homem presta, que a traição é normal, que todo rico é mal caráter etc. E assim nos mantém povo ignorante, com nenhum senso crítico, dominados. “Povo marcado, povo feliz.” (Zé Ramalho in Admirável Gado Novo).

P.S.: Justy, essa é pra matar saudades.

07 novembro 2006

Novidades à vista

A primeira de todas não dá pra esconder. A partir de agora, conto com a ajuda de 2 grandes amigos: Aleste Crai e Scotch Miller. Eles me ajudarão a colocar ordem na casa, melhorar os textos e outras coisas.

06 novembro 2006

(In)felicidade

A felicidade não guarda nenhuma relação com o que temos. Mas o tamanho da nossa infelicidade é diretamente proporcional ao número de coisas que achamos que nos falta.

Ainda sobre a felicidade, leia a história verídica do Seu Inocêncio neste texto de Luiz Carlos Fernandes Navarro.

30 outubro 2006

Felicidade (Revolução da Alma)

Revolução da Alma
(Texto de Paulo Roberto Gaefke)

“Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue sua alegria, sua paz sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.

A razão da sua vida é você mesmo. A tua paz interior é a tua meta de vida, quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remete teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você. Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você.

Não coloque o objetivo longe demais de suas mãos, abrace os que estão ao seu alcance hoje. Se andas desesperado por problemas financeiros, amorosos, ou de relacionamentos familiares, busca em teu interior a resposta para acalmar-te, você é reflexo do que pensas diariamente. Pare de pensar mal de você mesmo(a), e seja seu melhor amigo(a) sempre.

Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então abra um sorriso para aprovar o mundo que te quer oferecer o melhor.

Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você, e você estará afirmando para você mesmo que está ‘pronto’ para ser feliz.

Trabalhe, trabalhe muito a seu favor. Pare de esperar a felicidade sem esforços. Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda.

Critique menos, trabalhe mais. E não se esqueça nunca de agradecer.

Agradeça tudo que está em sua vida nesse momento, inclusive a dor. Nossa compreensão do universo, ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida.

A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.”

Texto de Paulo Roberto Gaefke, também disponível nos sites:

29 outubro 2006

Rifa-se um coração quase novo

(Clarice Lispector)

“Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.

Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos, e cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado, coração que acha que Tim Maia estava certo
quando escreveu: “não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero...”.
Um idealista...
Um verdadeiro sonhador...

Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.

Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado. Tantas vezes impulsivo.

Rifa-se este desequilibrado emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente e contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo, defendendo-se das emoções.

Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas: “O Senhor poder conferir, eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento. Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer.”

Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo.

Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.

Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e, a ter a petulância de se aventurar como poeta.”

(escrito por Clarice Lispector, mas poderia ter sido escrito por mim, se eu tivesse talento como ela, pois em conhecimento de causa a gente empata.)

27 outubro 2006

Lindo texto achado ao acaso

Esse texto eu achei por acaso na Internet, em um Blog de uma portuguesinha.



Eu quer0 ficar =) @ - Oct. 14, 2006 at 04:05 PM
http://deiiaxinhah.hi5.com

“Às vezes é preciso aprender a perder, a ouvir e não responder, a falar sem nada dizer, a esconder o que mais queremos mostrar, a dar sem receber, sem cobrar, sem reclamar.
Às vezes é preciso esperar que o tempo nos indique o momento certo para falar e então alinhar as idéias, dizer tudo o que se tem a dizer, não ter medo de dizer ‘não’.
Às vezes é preciso partir antes do tempo, dizer aquilo que mais se quer dizer, arrumar a cabeca, limpar a alma e prepará-la para um futuro incerto, acreditar que esse futuro já está perto, apertar as mãos uma contra a outra e rezar a um deus qualquer que nos dê forca e serenidade.
Pensar que o tempo está a nosso favor, que a vontade de mudar é sempre mais forte. É preciso aprender que tudo tem o seu tempo e que esse tempo tem sempre um fim.
Às vezes mais vale desistir que insistir, esquecer do que querer, arrumar do que cultivar.
Às vezes é preciso mudar o que não tem solução, deitar tudo abaixo para voltar a construir do zero e bater com a porta, apanhar o último comboio sem olhar para trás, esquecer a voz, o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo.
Às vezes é preciso saber renunciar, não aceitar, não pedir nem dar, sair pela porta da frente sem a fechar, e partir para outro mundo, para outro lugar, mesmo quando o que mais queremos é ficar...”

24 outubro 2006

Dito num só fôlego

A distância entre a gente só vai me convencer cada dia mais do quanto você é essencial.

22 outubro 2006

O Homem Que Faz A Luz Dançar

Acabei de ler esse livro, que conta a história de um dos maiores artistas da atualidade: Jean Michel Jarre. Relata cada show, com os acontecimentos marcantes, o show pirotécnico, lasers, músicas tocadas, número de espectadores etc. Além disso, traz os grandes feitos de Jean Michel Jarre, como as diversas vezes que entrou no Guiness Book, o fato de ter sido o 1º músico a tocar na China Comunista e - além disso, vários anos depois - o 1º ocidental a tocar na Cidade Proibida e diversos outros.

Você poderá saber mais ou comprar o livro clicando no banner abaixo.

20 outubro 2006

Crenças e destino

Nós agimos de forma a confirmar nossas crenças.

Se você acredita que um projeto não vai dar certo, agirá (conscientemente ou não) de forma a boicotar todas as ações que levariam tal projeto a ser bem sucedido. Não dedicará todo o esforço necessário a ele. Não lhe dará valor.

Se você acha que não é digno de ser amado, se afastará das pessoas que o amam, se aproximando das que o odeiam ou o desprezam.

Falando abertamente: se acredita que deve fracassar, vai fracassar. O contrário é verdadeiro? Infelizmente não, pois o sucesso e o fracasso dependem de uma série de coisas, como uma corrente (e não custa lembrar que se um elo se rompe, a corrente quebra).

Seu sucesso profissional, por exemplo, depende de vários fatores. Alguns são internos e você poderá os controlar em maior ou menor medida (nível de conhecimento sobre o assunto, dedicação, determinação etc.) enquanto outros são externos (o chefe aprovar seu trabalho, surgir uma vaga na Diretoria etc.). O que as crenças "limitantes" (acho que li isso em algum livro de auto-ajuda) fazem é boicotar as fatores internos, levando ao rompimento do elo e conseqüente quebra da corrente.

Aceite uma verdade: mesmo que você acredite no sucesso, já tem um monte de coisas que podem dar errado. Então, não seja mais um obstáculo na sua vida. Acredite no seu sucesso!

08 outubro 2006

Cumplicidade

Sim, existe cumplicidade. Um dia encontraremos alguém que seja de fato leal. Que seja amigo antes de tudo. Se não o melhor amigo (é até bom que não seja o melhor), que saiba ouvir, aconselhar, aceitar as decisões e, principalmente, que não ceda à tentação dos golpes baixos e das palavras duras.


Existe cumplicidade. Conhecer uma pessoa e achar que a conhece há anos. Isso não é “vidas passadas” (veja na Bíblia em Hebreus 9:27-28), é o encontro de pessoas que Deus coloca no caminho umas das outras para ajudar e apoiar. É sintonia, providência divina.

Obrigado, meu anjo.

Eu sei que você não vai procurar, então tá aqui:
“E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.” (Hebreus 9:27-28)
Se você acredita que Jesus vai voltar, então deve acreditar que não há uma primeira vida e sua morte, uma segunda vida e sua morte, uma terceira...)

05 outubro 2006

Video Downloader

Uma ferramenta muito útil para quem navega com o Firefox, gosta do YouTube e quer guardar os vídeos para ver "off-line":


Download videos from Youtube, Google, Metacafe, iFilm, MySpace...

P.S.: Se você ainda não usa o Firefox, experimente.

01 outubro 2006

Uma nota triste

Eleniltom nunca havia visto o mar. Morava no sertão.
Já adulto viajou pro litoral e não se conteve ao descer do ônibus. O mar era lindo, muito mais do que imaginava. Eleniltom nunca tinha visto tanta água.

Correu em direção à praia, atravessou a faixa de areia e se jogou nas águas de roupa e tudo. O mar não o recebeu muito bem, suas ondas mandando o corpo de Eleniltom desacordado de volta pra praia.

Não se sabe se Eleniltom verá o mar novamente.

Alguem lê meu blog?

Não importa. Escrevo para mim mesmo e, por enquanto, isso basta.
Preciso escrever. Bem ou mal, muito ou pouco, é necessário colocar pra fora pensamentos e sentimentos que surgem numa velocidade incrível, atropelando-se. Se alguém vai ler, aproveitar, apreciar ou odiar, isso é secundário no momento.

26 setembro 2006

Do nada

Assim, do nada, ninguém sabe de onde, ou de que maneira
surge uma flor no meio da calçada.
Se tinha uma pedra no meio do caminho,
também havia flores por todo o cimentado
cuja existência ninguém sabia explicar.
Faz-se o Sol quando menos se espera?

25 setembro 2006

Insônia

De ontem pra hoje dormi somente 1 hora e 20 minutos. Se soubesse que ia dormir tão pouco, tinha ido pra balada.

05 setembro 2006

Auto imagem

A auto-imagem é a imagem que você tem de si mesmo. Você se acha feio ou lindo? Inteligente? Irônico? Sagaz?


A auto-imagem determina a sua auto-estima e esta, por sua vez, determina como você age. Determina se você é segura ou insegura, confiante ou não, tímida ou extrovertida, etc.

O grande problema ocorre quando a pessoa tem uma auto-imagem que se afasta demais da imagem que os outros têm dela. Quando a pessoa "se acha (mais do que é)" ou menos. No primeiro caso, temos os idiotas que acham que pela simples presença conseguem conquistar uma garota e assim chegam com as cantadas menos criativas do mundo. É o chefe que se acha o ser mais inteligente do planeta e não aceita sugestões ou críticas dos subalternos. Uma pessoa assim sofre e faz os outros sofrerem.

Mas quem se acha menos do que é também sofre e faz os outros sofrerem. Pense nisso.

14 agosto 2006

O que é público?

Vi recentemente na TV por assinatura uma matéria sobre a Noruega. Na capital, Oslo, existem “pontos de bicicleta”, mais ou menos como nossos pontos de ônibus. O cidadão chega, pega uma bicicleta (é da prefeitura, não tem que pagar e não tem ninguém vigiando. Não precisa!) e pedala até outro ponto, onde deixa a bicicleta e termina o passeio a pé.


Lá na Europa, o “público” é de todos. Todo mundo cuida, todo mundo vigia, todo mundo mantém. Há uma consciência de que se todos preservarem, todos terão e todos ganham. As pessoas se sentem sócias em relação às ruas, às praças, às estátuas, etc. Aqui no Brasil, o “público” é o de ninguém. E aí, na falta de um dono, todos depredam e destroem.

Talvez daqui a 500 anos a gente chegue onde a Europa está hoje.

18 junho 2006

Coisas que odeio no trânsito

Coisas que odeio no trânsito:
  • Pessoas que dirigem devagar na esquerda;
  • Pessoas que dirigem muito devagar em qualquer faixa;
  • Pessoas que fecham o cruzamento;
  • Pessoas que dirigem no meio das faixas, (in)utilizando as duas;
  • Pessoas que mudam de faixa no meio da curva, como se fossem pilotos de Fórmula 1 e a rua fosse toda deles;
  • Pessoas que passam sinal vermelho;
  • Pessoas que burlam o sinal vermelho passando por dentro do posto na esquina;
  • Pessoas que estacionam em local proibido...
A lista é grande! Acho que a educação no trânsito é a vitrine da educação do povo.

14 maio 2006

Sempre com pressa, sempre atrasado.

Cheguei à conclusão de que há algo errado em nossa vida. Estamos sempre apressados e sempre chegamos atrasados. É fácil concluir que algo não está certo.

Acho que gastamos muito tempo e energia em coisas que não são prioridades em nossas vidas. Algumas atividades são necessárias (e é igualmente necessário que se dê o melhor de si nelas): o trabalho ou o estudo (muitas vezes os dois). Mas terminamos relegando a segundo plano o que realmente importa na vida: Deus, o amor, a família, os amigos e a saúde.

Constantemente assumimos compromissos irrelevantes no pouco tempo livre que nos sobre e ao invés de descansar, rever um velho amigo ou ir à Igreja, terminamos num compromisso fútil e desnecessário.

Priorize suas atividades. Quanto menos tempo livre você tiver, mais “nãos” você terá que dizer, mas só assim poderá ficar em paz, porque o tempo passa e com ele as oportunidades de ficar com as pessoas amadas.

25 abril 2006

Será o Brasil um país sério?

Não ando me animando muito com o futuro do Brasil. Dizem que “o Brasil é o país do futuro”. Então tá: enquanto houver futuro, o Brasil terá essa esperança. Me lembra a plaquinha que diz “fiado só amanhã”, colocada em cada mercearia do bairro. O bobo vê a placa e volta no dia seguinte, mas a placa continua lá. Igualzinho à gente e o país do futuro. Enquanto há futuro, a placa tá lá e a gente volta todo dia.


O brasileiro é o povo do jeitinho. Com o sinal fechado, pra não perder tempo, passa por dentro do posto que tá na esquina. Ilegal não é. Deve ser imoral ou anti-ético, mas parece que moral e ética são artigo raro.

Me sinto meio idiota esperando o sinal abrir e vendo o povo furar o sinal por dentro do posto, nesse “jeitinho” que nada mais é que isso que eu já disse: outra forma de furar o sinal. É um modo de cuspir na lei (código de trânsito) e zombar da autoridade (ainda que representada por uma luz vermelha) sem ficar mal com a própria consciência. O que, no fundo, prova que não se tem consciência alguma.

E esse jeitinho é tão entranhado na gente que eu já vi gente passar por dentro do posto mesmo com o sinal estando aberto.

A gente reclama dos políticos mas eles fazem o mesmo que faríamos se estivéssemos onde eles estão.

23 abril 2006

O Zero (postagem número ZERO)

Tem uma coisa que me irrita um pouco é a mania nacional de colocar “zero” antes de um número sem motivo algum. Tudo bem em datas (“05/03/2006”), para manter o exato número de dígitos. Mas daí a estender tal raciocínio a tudo...

Tem casos de condomínios com 8 prédios , numerados de zero-1 a zero-8. Ficaria bem mais bonito se tirassem o zero. E mesmo que fossem 50 prédios, não há razão para colocar o zero antes. Ou será que na pré-escola se ensina a contar agora assim:
01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10 ????

E outra pergunta: por que então só um zero? Será que se subentende que só vai até o 99? Que falta de ambição na vida! Aqui se vê zero-um em todo canto. Tem propaganda de motel que anuncia promoção para zero-quatro horas, tem jornal que anuncia que tal reportagem tá na página zero-8, tem vaga de estacionamento marcada como zero-dois... Dava pra economizar no mínimo tinta.

(É ano de copa. Será que as camisas da seleção virão marcadas zero-1 pro goleiro, zero-2, etc?)

Bem, zero antes, só o do James Bond mesmo. Mas só para lembrar, ele é o agente n° 7 e o zero-zero antes é um código que significa licença para matar. (No Brasil, a mania de zeros deve ser licença para morrer - de vergonha).

P.S.: Vou retomar esse assunto depois, mas achei que nada melhor para a pré-estreia, “postagem n° 0”, que falar do zero.

Até breve.