13 junho 2007

Um dia especial

Aleste, Scotch e eu decidimos fazer um Dia dos Namorados diferente.

O dia começou como todos os outros começam, não sei pra que tanto espanto. O Sol nascendo e me acordando aos poucos, mas não tudo. E o despertador terminando o serviço num susto que me fez pular da cama. Nenhuma cesta de café da manhã, nada de flores, nem chocolate ou presente algum. Nem podia ser diferente.

Ao contrário de outros anos em que ou estava namorando neste dia ou ficava de mal-humor (e algumas vezes as duas coisas), este ano estava bem. Só e bem, obrigado!

Durante o dia, um ou outro “Feliz Dia dos Namorados!” desejado por alguém (na maioria das vezes pra tirar onda mesmo) e aqui e acolá um bem humorado “já ganhou presente? tem até meia-noite pra arrumar quem te dê”.

No fim da tarde comentei com Aleste e Scotch.

Se o clima “romântico” (leia-se “comercial”) não nos contagiou pra ficarmos alegre, muito menos a ausência de ter com quem compartilhar essa data nos deixou triste.

Aliás, essa foi a grande sacada do dia. Estávamos sós e bem. Resolvemos que íamos fazer algo para comemorar e assim fizemos:

À noite fomos para um barzinho e tomamos vinho e conversamos muito. Não foi uma reunião de pessoas tristes com dor de cotovelo. Muito ao contrário, estávamos deveras felizes!

Se o dia é dos namorados, com muito mais propriedade o é dos verdadeiros amigos. É o dia do amor e se chamam de “amor” o relacionamento entre um homem e mulher que hoje estão juntos e amanhã nem se falam, com muito mais propriedade então o dia é de amigos que se amam realmente.

PS: Alguns rapazes tiveram (muita) inveja do Scotch. Várias pessoas tiveram dificuldades de entender duas mulheres e um homem na mesma mesa no dia dos namorados tomando vinho, conversando e sorrindo. Para elas, é difícil entender uma amizade verdadeira, desinteressada, principalmente entre pessoas de sexos opostos.

2 comentários:

Milford Maia disse...

Um dia que, só por estar junto daqueles que realmente importam e que realmente importam-se consigo, torna-se um dia único e valoroso.

Difícil é relacionar-se, sem tomar posse, sem subjugar a contraparte.

Difícil é abraçar, sem sufocar, sem cercear o espaço de outrem.

Difícil é partir, sem levar saudades, sem deixar lembranças.

Forte abraço!

Acesse o blog Assim fala Milford Maia!!!

Anônimo disse...

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...

ACHO Q ESSE TEXTO TEM ALGO EM COMUM COM O ESPIRITO DESSE BLOG...