Semana passada fui comprar um livro acadêmico e enquanto esperava o vendedor procurar nas estantes, arquivos, sistemas, caixas etc. meus olhos encontraram o livro “Pollyanna”.
Seria a tão irritantezinha garota que praticamente me proíbe de reclamar de algo? Passei toda a minha infância e boa parte da juventude ouvindo alguém me mandando “fazer o jogo do contente”. Ainda hoje há quem fale isso.
Peguei o livro da estante dos livros infantis (ainda sou criança, você não?) e folheei rapidamente... Sim, era a tal, a que desejava conhecer pra entender. Seria possível alguém ser tão irritantemente otimista?
O vendedor chegou com o livro. Acrescentei Pollyanna, paguei e saí.
Descobri que Pollyanna não é chata e que o jogo do contente é ótimo. Mas há uma grande diferença entre ficar contente com qualquer situação e ficar contente em qualquer situação.
Pense nisso. Depois volto a esse assunto.
2 comentários:
assino embaixo, Scotch! E jogo o jogo do contente... sou criança sempre!
Realmente, meu caro Scotch,
A espinha dorsal da questão trata-se em bem distingüir entre 'com' e 'em' quaisquer situações.
O 'com' nos transforma em qualquer coisa, em algo que talvez não se desejava ser e acabou por tornar-se, quiçá de forma definitiva ou mais longa do que se esperava. Neste caso, se é a peça do jogo, manuseada por um outro jogador (não necessariamente hábil, é claro).
Já o 'em', diferentemente, demonstra capacidade de adaptação, de 'jogo de cintura', para algo que talvez não se desejava ser, mas precisou ser, ainda que provisoriamente ou de forma circunstancial. Neste outro caso, se é o jogador em si, que move as peças conforme lhe convem.
Enfim, fica aberta a discussão. Um ótimo tema, sempre a trazer reflexão e inquietação.
Forte abraço! Visite o blog!!!
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