09 março 2007

Eternas 3 da manhã

Falta tempo pra fazer tudo o que quero. Aí penso: “E se o tempo parasse?”

Então me proponho outra idéia. Digamos que o tempo tenha parado. Exatamente agora. E agora. E agora. Você não percebeu? Não! Claro que não, nem poderia. Uma personagem de filme percebe quando você coloca pausa (ou pause) no DVD e vai até a geladeira? Ou mesmo se você deixar 30 minutos ou 2 horas ela parada, no meio de uma frase. Ela não percebe! Continuará a frase no mesmo instante em que parou.

Acho que a vida é assim. Nossa existência está costurados ao passar do tempo. Não faz sentido pensar em parar o tempo. Talvez ele pare. Talvez ele tenha parado 15 vezes agorinha. Só que você não ganha nem perde nada: você nem percebe.

Acho que a vida eterna será, para nós, como se passássemos para “o lado de lá” da tela. Quando o tempo passará a não ter importância. A pergunta “quanto tempo dura a eternidade?” não fará sentido pois “tempo” não existirá. Assim como, para nós, o “tempo do DVD” não faz sentido algum.

O seriado 24 Horas demora semanas para passar, posso assistir um filme em câmera lenta ou em “PLAY x2”, posso voltar a determinada cena, posso avançar e ver logo o final, posso assistir de trás pra frente... Que sentido faz o “tempo do DVD” nas nossas vidas?

Já ouviu que “o tempo de Deus é diferente do tempo dos homens”? É do mesmo jeito, com a diferença de que o DVD dEle é bem mais avançado que o nosso.
PS: Tive a idéia de escrever esse texto de madrugada, enquanto acordava pra beber água. Curiosamente, ao abrir a página inicial da Wickpedia em (que todo dia apresenta uma matéria escolhida ao acaso) ela mostrava uma matéria sobre o grupo musical KLF, cuja música de maior sucesso foi provavelmente “3 AM Eternal”. Achei que era uma boa idéia para o título dessa postagem.

2 comentários:

Anônimo disse...

Não havendo sentido em parar o tempo, seria interessante que ele "andasse" mais devagar.

Alesya Karas disse...

Mas ainda assim não perceberíamos... Seria como um DVD em “slow motion”. Temos que nos contentar com o tempo que temos... Infelizmente.

Obrigada pelo comentário!